Pitty é citada em texto de Régis Tadeu no Yahoo
Pitty foi citada no texto do Régis Tadeu, postado ontem em seu blog no Yahoo. O texto fala como o Rock sumiu nas rádios. "este anos o rock teve a pior performance em termos de presença nas paradas de músicas mais tocadas nas rádios do Brasil nos últimos 14 anos". A informação veio de um relatório feito por uma empresa chamada Crowley, baseado em dados obtidos por monitoramentos realizados desde 2000. Vi gente escrevendo tantos absurdos a favor e contra esta notícia que fiquei com vontade de dar uns pitacos." diz Régis em uma parte do texto. E em outra, " Pitty desapareceu " escreve Régis, que até já entrevistou a cantora, além de citar o nome de outros cantores e banda. Leia a matéria completa abaixo:
"O rock sumiu das rádios? Qual a surpresa?"
Foi com certo estardalhaço que li em diversos locais espalhados pela internet a notícia de que este anos o rock teve a pior performance em termos de presença nas paradas de músicas mais tocadas nas rádios do Brasil nos últimos 14 anos. A informação veio de um relatório feito por uma empresa chamada Crowley, baseado em dados obtidos por monitoramentos realizados desde 2000. Vi gente escrevendo tantos absurdos a favor e contra esta notícia que fiquei com vontade de dar uns pitacos.
Primeiro que esta “controvérsia”, esta “polêmica” só se instala na cabeça de quem desconhece profundamente como funciona as entranhas de uma rádio comercial. Justamente por ter dois programas de FM em uma emissora não comercial, a Rádio USP FM – quem quiser saber mais a respeitos destes programas pode clicar aqui e aqui -, sei exatamente de como a coisa toda funciona em termos de “as mais pedidas”. E vou te contar umas coisinhas aqui que vai deixar você muito, mas muito decepcionado.
Primeiro: não existe as “paradas das mais pedidas”, “as dez mais dos ouvintes” ou esse tipo de coisa. Tudo cascata. As rádios não têm plataformas e tabulações para contabilizar sugestões dos ouvintes. Se você ainda tem a ingenuidade de ligar para sua emissora favorita para “pedir música”, saiba que sua sugestão é recebida com gargalhadas contidas com as mãos do funcionário da emissora que as recebe e é alvo de escárnio assim que o telefone é desligado. Lamento, mas é isto o que ocorre de verdade.
Agora que você já sabe disto, tem que entender que a tal notícia a respeito da ausência do rock das paradas radiofônicas é apenas o resultado de algumas verdades inquestionáveis...
Primeiro: quem gosta de rock não vai pedir suas músicas favoritas para emissoras que passam o tempo tocando aquilo que gravadoras e empresários vem pagando na forma de “verba de publicidade” ou “promoções”, que é justamente o tal de “sertanejo universitário”, só para citar um exemplo musical mais em voga. Depois você tem que entender que ninguém precisa de rádio hoje em dia para ouvir música. Cada um de nós pode montar sua própria programação musical no telefone celular! É por isto que a audiência das emissoras de rádio – que tocam as mesmas coisas o tempo todo por causa das “verbas de promoção” - vem caindo ano a ano.
Diga com sinceridade: qual é a banda de rock – rock mesmo, sem o traço mais diluído do pop – que faz parte do mainstream, da grande cena musical brasileira que está também presente nas TVs, que está fora do underground dos bares e circuitos do SESC? Vá lá, eu espero você pensar um pouco... Pois é, não tem, né? Não tem mais Charlie Brown Jr., Pitty desapareceu, Skank não pode ser chamado de “rock”, Jota Quest é pop da pior qualidade, e outros grupos então onipresentes - Capital Inicial, Titãs, Skank, Linkin Park e tantos outros – estão restritos às pouquíssimas “rádios rock” existentes... Não há um único grande nome que justifique a sua presença nas ‘trocentas mil’ emissoras de rádio no Brasil.
Lamentavelmente, o processo de emburrecimento coletivo que vive o Brasil dá margem para o surgimento de barbaridades como Naldo, Anitta, Michel Teló, Paula Fernandes, Luan Santana e seus imitadores, o execrável “funk carioca” e mais um monte de outras porcarias. Isto sem contar as duplas sertanejas “dor de corno” e os pagodes xexelentos... É isto o que virou a música do Brasil nas rádios. Tudo financiado pelas “verbas de promoção”.
Então eu te pergunto: você está realmente surpreso em saber que o rock sumiu das rádios comerciais? Eu não...
Veja o texto no site em que foi publicado, clicando aqui
"O rock sumiu das rádios? Qual a surpresa?"
Foi com certo estardalhaço que li em diversos locais espalhados pela internet a notícia de que este anos o rock teve a pior performance em termos de presença nas paradas de músicas mais tocadas nas rádios do Brasil nos últimos 14 anos. A informação veio de um relatório feito por uma empresa chamada Crowley, baseado em dados obtidos por monitoramentos realizados desde 2000. Vi gente escrevendo tantos absurdos a favor e contra esta notícia que fiquei com vontade de dar uns pitacos.
Primeiro que esta “controvérsia”, esta “polêmica” só se instala na cabeça de quem desconhece profundamente como funciona as entranhas de uma rádio comercial. Justamente por ter dois programas de FM em uma emissora não comercial, a Rádio USP FM – quem quiser saber mais a respeitos destes programas pode clicar aqui e aqui -, sei exatamente de como a coisa toda funciona em termos de “as mais pedidas”. E vou te contar umas coisinhas aqui que vai deixar você muito, mas muito decepcionado.
Primeiro: não existe as “paradas das mais pedidas”, “as dez mais dos ouvintes” ou esse tipo de coisa. Tudo cascata. As rádios não têm plataformas e tabulações para contabilizar sugestões dos ouvintes. Se você ainda tem a ingenuidade de ligar para sua emissora favorita para “pedir música”, saiba que sua sugestão é recebida com gargalhadas contidas com as mãos do funcionário da emissora que as recebe e é alvo de escárnio assim que o telefone é desligado. Lamento, mas é isto o que ocorre de verdade.
Agora que você já sabe disto, tem que entender que a tal notícia a respeito da ausência do rock das paradas radiofônicas é apenas o resultado de algumas verdades inquestionáveis...
Primeiro: quem gosta de rock não vai pedir suas músicas favoritas para emissoras que passam o tempo tocando aquilo que gravadoras e empresários vem pagando na forma de “verba de publicidade” ou “promoções”, que é justamente o tal de “sertanejo universitário”, só para citar um exemplo musical mais em voga. Depois você tem que entender que ninguém precisa de rádio hoje em dia para ouvir música. Cada um de nós pode montar sua própria programação musical no telefone celular! É por isto que a audiência das emissoras de rádio – que tocam as mesmas coisas o tempo todo por causa das “verbas de promoção” - vem caindo ano a ano.
Diga com sinceridade: qual é a banda de rock – rock mesmo, sem o traço mais diluído do pop – que faz parte do mainstream, da grande cena musical brasileira que está também presente nas TVs, que está fora do underground dos bares e circuitos do SESC? Vá lá, eu espero você pensar um pouco... Pois é, não tem, né? Não tem mais Charlie Brown Jr., Pitty desapareceu, Skank não pode ser chamado de “rock”, Jota Quest é pop da pior qualidade, e outros grupos então onipresentes - Capital Inicial, Titãs, Skank, Linkin Park e tantos outros – estão restritos às pouquíssimas “rádios rock” existentes... Não há um único grande nome que justifique a sua presença nas ‘trocentas mil’ emissoras de rádio no Brasil.
Lamentavelmente, o processo de emburrecimento coletivo que vive o Brasil dá margem para o surgimento de barbaridades como Naldo, Anitta, Michel Teló, Paula Fernandes, Luan Santana e seus imitadores, o execrável “funk carioca” e mais um monte de outras porcarias. Isto sem contar as duplas sertanejas “dor de corno” e os pagodes xexelentos... É isto o que virou a música do Brasil nas rádios. Tudo financiado pelas “verbas de promoção”.
Então eu te pergunto: você está realmente surpreso em saber que o rock sumiu das rádios comerciais? Eu não...
Veja o texto no site em que foi publicado, clicando aqui
Publicado por: Marcos Senna Em: 18/12/2013
Texto por: Régis Tadeu