Entrevista exclusica com Malásia.
Malásia deu uma entrevista exclusiva para o Fã Clube Pitty Clave Sol .
Como o Fã Clube Pitty Clave Sol é parceiro da gente , perguntou se queriamos postar a entrevista pra vocês , e claro que eu aceitei , Confiram:
Bom, analisando alguns grupos de fãs da Pitty, pude reparar que a maioria dos fãs não tem ciência que Martin também faz show solo...
Procurando esclarecer melhor aos fãs sobre o projeto solo dele,
procurei me informar mais sobre... até que cheguei no Malásia...
Ele também participa desse projeto, então nada melhor que conversar com alguém de dentro pra ter melhor conhecimento sobre ele né?
Vamos ás perguntas então... Temos em mente que o público da Pitty, em sua maioria, tem a mania de confundir os projetos relacionados aos integrantes da banda. No início do Agridoce, muitos "desinformados" esperavam por algo que fosse como um projeto acústico da banda e levou-se um tempo até acostumarem com a ideia de que de fato era algo diferente.
---------------------------------PERGUNTAS---------------------------------------------
Como foi a reação do público diante de algo tão diferente do que estão acostumados?
Malásia: No caso do Martin solo acho que não. Já existia o projeto Martin e Eduardo antes do surgimento do Agridoce, e foi bem aceito pelo publico. O Martin solo apresenta no show as mesmas musicas que a dupla lançou em disco e a única diferença que existiu foi a presença do Loco na bateria no lugar do Duda e minha na percussão. O convite surgiu a nós dois pela afinidade e ao fato de já estarem tocando com Martin e Pitty nos shows do Agridoce. Alexandre Guri e Guilherme Almeida já participavam dos shows de Martin e Eduardo tocando guitarra e baixo.
PCS: Houve quem esperasse pelo momento em que tocariam algo da banda ou do Agridoce?
Malásia: Fizemos dois shows com Martin nesta configuração e ambos foram muito legais. Até teve gente que pediu no primeiro, onde a Pitty fez uma participação especial, mas eles sempre foram muito cuidadosos em deixar bem claro que os projetos paralelos não incorporam musicas da banda Pitty e nem do Agridoce. Eles estão bem certos em não confundir.
PCS: Quais os músicos, além de você, têm feito essas participações nos shows?
Malásia: Como eu disse, Eu e o Loco, mais o Guri Assis Brasil e o Guilherme Almeida que são de uma banda muito legal la do sul chamada Publica.
Procurem conhecer: Pública - Long Plays - Indicado ao VMB 2007
PCS: A respeito do repertório, como foi feita a escolha das músicas que entraram nesse show? O repertório foi todo decidido por Martin, ou os convidados opinaram na elaboração do setlist?
Malásia: Todas as musicas do disco 19XAmor e "coisas boas" que vem la do Fábio Cascadura. Colaboramos só em algumas coisas de arranjo, mas fomos bem fieis ao que o Martin nos mostrou.
PCS: Vocês vêm de uma turnê juntos, a do Agridoce, como isso facilita a química entre vocês pra encarar um novo projeto que é, de certa, bem diferente?
Malásia: O Agridoce foi o que possibilitou que Loco e Eu viéssemos a tocar com Martin neste projeto solo. Apesar do Loco não tocar bateria no Agridoce e a minha percussão ser bem minimalista. Cada projeto tem o seu estilo, mas a versatilidade dos músicos faz a diferença para traduzir a identidade verdadeira musical de cada projeto. Todos os projetos paralelos oriundos dos integrantes da banda Pitty são diferentes uns dos outros. Esse povo da Bahia tem muita musicalidade e cada projeto reflete uma viagem musical diferente.
PCS: Você está acostumado a dividir o palco com Martin no Agridoce.
Qual diferença você sentiu ao subir no palco ao lado dele nesse novo formato?
Malásia: Não entendi muito bem a pergunta.
O show do Martin tem duas partes. Um set inicial semi acústico com violões e outra parte pesada com guitarras. Pra mim só muda o fato de ter que tocar mais forte na parte final. O Agridoce eh completamente diferente. São 4 músicos no palco, com musicas muito suaves e introspectivas. De certa forma o Agridoce é bem mais difícil, pois atrai mais publico e a responsa é maior. Eu me divirto do mesmo jeito em ambos!
PCS: Pra encerrar, alguma consideração final a respeito dessa experiência? Há algo que não foi perguntado que você queira dividir conosco?
Malásia: Sim .A coisa mais louca de tocar com artistas deste porte é o publico.
No inicio do Agridoce cheguei a ser hostilizado por alguns fãs mais “radicais” que não gostaram do projeto.Mas isso não me abala.
O Agridoce realmente atrai mais publico e mídia, consequentemente a cobrança e a responsa são maiores. Mas topei os desafios e me sinto lisonjeado como musico em poder participar de ambos os projetos.
A existência de projetos paralelos na minha opinião vai ajudar muito no retorno da banda Pitty. A pior coisa que existe para um artista é ter que ficar tocando as mesmas musicas sempre. Ter outros projetos e tocar com outros músicos ajuda a oxigenar a criatividade e lança novos desafios.
Talvez os fãs da Pitty tenham estranhado no começo, mas creio que a grande maioria entendeu, apoia e gosta do Agridoce e do Martin solo. Creio que essa historia de projetos paralelos veio pra ficar. E não atrapalham em nada a vida da banda Pitty, que já estava a uma década na estrada e gravando e divulgando discos. Ter banda e viver de musica no Brasil não é fácil.
Todos sabemos disto, então cada conquista é comemorada como se fosse um gol...
Queria mandar um salve para todos, desejar boas festas e agradecer pelo apoio e carinho que os músicos dos projetos paralelos da banda Pitty recebem deste publico to legal que ela tem. Um grande beijo para todos.